Houve uma série de notícias sobre a legislação do Direito ao Reparo nos EUA e várias reportagens sobre os esforços que a Apple fez para impedir que novos projetos de reparos se tornassem lei.
A Bloomberg publicou uma reportagem de Direito ao Reparo que destaca como a Apple, a Microsoft, a Amazon e o Google trabalharam para acabar com as leis que exigiriam que as empresas de tecnologia fornecessem peças de conserto genuínas e esquemas de dispositivos para oficinas independentes.
Somente em 2021, nos Estados Unidos, 27 estados consideraram projetos de lei de Direito ao Reparo, mas mais da metade deles já foram votados contra ou dispensados. Lobistas e grupos comerciais que representam as principais empresas de tecnologia têm lutado muito contra eles, com a Apple argumentando especificamente que tais leis podem levar a danos aos dispositivos ou aos consumidores ao tentar consertá-los.
Em Washington, por exemplo, a democrata Mia Gregerson, da Câmara dos Deputados, patrocinou uma medida do Direito ao Reparo que foi combatida pela Microsoft, Google, Amazon e lobistas que representam a Apple. "Se você realmente quer saber quem foi desobediente, foi a Apple", disse Gregerson. Os lobistas disseram que a gigante de Cupertino endossaria programas de conserto em faculdades locais se o projeto fosse retirado.
A Apple se opôs a projetos de lei em outros estados, incluindo Colorado e Nevada. O dono de uma oficina de reparos independente, Justin Millman, disse que tem dificuldades em encontrar telas de iPad, que são reparos que os alunos muitas vezes precisam. Ele afirma que a Apple se opõe a programas de reparo para levar as pessoas a comprar novos dispositivos.
"É por isso que a Apple não responde meus e-mails", disse ele. "Para eles, são apenas dólares e centavos. Eles não pensam na pessoa do outro lado do iPad".
Enquanto luta contra as leis do Direito ao Reparo, a Apple tenta fornecer alternativas, lançando um Programa de Reparo Independente em todo o mundo, projetado para fornecer peças, ferramentas, manuais de reparo e diagnósticos genuínos para a realização de reparos fora da garantia em dispositivos Apple às oficinas que não são Provedores de Serviços Autorizados da empresa.
O programa é gratuito, mas os provedores de reparos devem ter um técnico certificado pela Apple para fazer os reparos, o que é uma barreira de entrada para algumas lojas. Mesmo com este programa, algumas peças, como telas de iPad, não são fornecidas, deixando a Apple e os AASPs (Centros de Serviços Autorizados Apple) como as únicas opções.
Fontes: Bloomberg e MacRumors
22/05/2021 - 0h44
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