A ideia é que os documentos estejam completamente associados ao ID Apple e não serem apenas mais alguns apps do governo.
O próximo passo no objetivo da Apple de tornar o iPhone a única coisa que alguém tem que levar consigo continua com o dispositivo sendo capaz de substituir com segurança passaportes, carteiras de motorista e outras formas físicas de identificação.
A Apple anunciou recentemente um plano para livrar o mundo das chaves do carro, mas o iPhone já nos fez esquecer como é levar diários, câmeras, canetas e até espelhos. Agora a empresa está se concentrando em se livrar de passaportes - além de cartões de biblioteca, passes de esqui e cartões de identificação em geral.
Uma série de pedidos de patentes ligeiramente diferentes, todos intitulados "Fornecendo reivindicações verificadas de identidade do usuário", detalha métodos pelos quais o ID do usuário pode ser registrado, transmitido e confirmado. A Apple não usa a palavra "iPhone", mas se refere centenas de vezes a dispositivos que poderiam ser qualquer peça de tecnologia.
"Um dispositivo que implementa um sistema para usar uma reivindicação de identidade verificada inclui pelo menos um processador configurado para receber uma reivindicação verificada, incluindo informações para identificar o usuário de um dispositivo", diz a patente. "A reivindicação verificada sendo assinada por um servidor com base na verificação das informações por um provedor de verificação de identidade separado do servidor, sendo a reivindicação verificada específica para o dispositivo".
Sob essa proposta, um dispositivo como um iPhone poderia transmitir com segurança alguma forma de identidade se seu proprietário já estiver verificado, digamos, pelos sensores biométricos do Apple Watch, por exemplo, que verifica o ID que está sendo enviado.
Embora a solicitação da Apple se refira principalmente a passaportes, pretende-se que um sistema seja usado para muitas coisas. "[Isso] permite que um usuário obtenha uma reivindicação verificada de identidade que serve como uma identidade digital para o usuário, que inclui informações para identificação do usuário (por exemplo, informações que foram fornecidas pelo usuário e verificadas por um ou mais sistemas), e pode ser reutilizado em diferentes provedores de serviços", diz a patente.
Os cinco pedidos de patente idênticos sobre “fronteira” discutem recursos como a opção do usuário em optar por fornecer o ID e detalhes técnicos de como os dados podem ser transmitidos com segurança. Todas são creditados aos mesmos seis inventores, incluindo Christopher Sharp e Gianpaolo Fasoli, ambos com patentes relacionadas anteriores, como "Verificação de dados através de processadores independentes de um dispositivo". Outra patente de Sharpe é sobre "Métodos e aparelhos para autenticação de usuário e verificação de intenção humana em dispositivos móveis".
Anteriormente, a Apple já trabalhou em maneiras seguras de apresentar “identificações de governo” (como se fossem nossos RG e CPF no Brasil) e trabalhou com a Alemanha e com o Reino Unido para ajudar em projetos de identificações locais.
Jennifer Bailey, vice-presidente de serviços de Internet e do Apple Pay da Maçã, publicamente disse que a empresa deseja fornecer identidades, mas também que, por enquanto, é difícil:
"Identidade, para ser legal, tem que ser governamental, deve ser autenticado pelo governo", disse Jennifer em 2019. "Vemos, em todo o mundo, muitos países começando a usar o celular para adicionar um passaporte”. “Hoje você pode usar um passaporte móvel quando estiver passando por aeroportos, e assim [a tecnolgia] está se movendo e acho que continuará. Portanto, não está muito longe, apenas não será tão rápido quanto algumas das outras atividades que temos".
Fonte: Appleinsider
03/07/2020 - 02h33
Por duas vezes ao chegar no aeroporto percebi que esqueci os documentos, tendo que ir a delegacia civil e federal pra poder conseguir embarcar, hoje utilizo CPF e CNH digital, espero que o passaporte digital seja realidade.