Tim Cook revelou para analistas as receitas do primeiro trimestre do ano e a notícia de que as vendas de iPhones renderam outro recorde para a empresa. O CEO acenou para os acertos nos diferentes modelos do smartphone, além de admitir problemas com as linhas de Macs e iPads.
Segundo o CEO da Apple, Tim Cook, a empresa vendeu, no primeiro trimestre de 2023, o valor de US$ 51,33 bilhões em iPhones, um novo recorde para a gigante de Cupertino. De acordo com ele, os usuários do iPhone Pro continuam elogiando o sistema de câmeras mais poderoso de todos os tempos em um iPhone e que o iPhone 14 e o iPhone 14 Plus continuam a encantar os usuários com sua bateria de longa duração e câmera avançadas.
Durante a teleconferência do segundo trimestre fiscal de 2023 da empresa, na última quinta-feira, Tim Cook analisou:
"Em março, estávamos empolgados em expandir o SOS de emergência via satélite para seis novos países, trazendo esse importante recurso de segurança para ainda mais usuários. Agora oferecemos esse serviço vital em 12 países e sou grato por cada nota que recebi de todo o mundo sobre o impacto de salvar vidas de nossos recursos de segurança".
Os Serviços da Apple também estabeleceram um recorde histórico com receita de US$ 20,91 bilhões para o primeiro trimestre. Tim Cook disse, na teleconferência, que a equipe alcançou todos os recordes de receita na App Store, no Apple Music e no iCloud e que agora, com mais de 975 milhões de assinaturas, as linhas de Serviços da Apple podem alcançar ainda mais pessoas.
As vendas dos Macs registraram receita de US$ 7,17 bilhões, em concordância com as expectativas da empresa, e a receita do iPad foi de US$ 6,67 bilhões.
"O Mac enfrentou (em 2023) uma comparação muito difícil devido ao lançamento incrivelmente bem-sucedido de nosso chip M1 em toda a linha de Mac no ano passado. E, como nossas outras linhas de produtos, o Mac também está enfrentando alguns contratempos macroeconômicos e cambiais".
Em sua linha de raciocínio, o executivo afirma que, semelhante ao Mac, o desempenho da receita do iPad foi afetado por desafios macroeconômicos e dificuldades cambiais.
Em Vestíveis, Casa e Acessórios, a receita foi de US$ 8,76 bilhões e, sobre o Apple Watch, o CEO disse que com sua excepcional variedade de recursos de saúde e segurança, o dispositivo se torna cada vez mais indispensável a cada dia.
“O Apple Watch Ultra está atraindo aventureiros, atletas e usuários comuns com seus recursos inovadores criados para resistência e exploração", mencionou Cook.
A Apple vem conquistando cada vez mais espaço no mercado brasileiro de smartphones e agora, Tim Cook confirmou que as vendas de iPhones bateram recordes em mercados emergentes, incluindo o Brasil, a Malásia e a Índia. Isso pode ser um indício de que as estratégias de marketing e de condições de parcelamento, ou outras, relacionadas às formas de pagamento, podem estar dando certo para esses países.
Mesmo com a desvalorização do dólar no cenário mundial, a Maçã tem direcionado seus esforços para esses mercados com potencial de crescimento. A empresa enxerga neles uma grande oportunidade, especialmente devido à baixa participação da marca nesses locais.
O Boticário investe na Maçã
O diretor financeiro da Apple (CFO), Luca Maestri, revelou que O Boticário, empresa de cosméticos brasileira, começou a investir nas plataformas da Maçã para aumentar a produtividade e a satisfação de seus funcionários. A empresa adotou o iPhone como meio de gerenciamento de operações, além de ter migrado todo o desenvolvimento de software internamente e adotado o Mac como dispositivo padrão para equipes de desenvolvimento em todo o mundo.
Enquanto isso, a Motorola, que antes tinha uma participação significativa no mercado, tem perdido terreno. A queda da participação da marca pode estar relacionada à falta de lançamentos significativos e a concorrência de empresas que oferecem smartphones similares com preços mais acessíveis. Ademais, a Samsung, embora ainda mantenha sua posição de líder de mercado, viu sua participação diminuir. Em um resultado apertado, portanto, a Apple assumiu a segunda posição em market share de smartphones no mercado brasileiro, de acordo com a StatCounter Global Stats.
Market share (participação no mercado) em abril de 2023 no Brasil
Samsung - 40,71%
Apple - 20,77%
Motorola - 19,99%
Xiaomi- 12,83%
LG - 3,23%
A posição das empresas no mercado de smartphones certamente é um termômetro importante para detectar a eficácia das estratégias de venda e de lançamento de produtos, podendo ter resultados animadores para a Apple. Entretanto, é importante destacar que o carro-chefe, responsável pelos lucros e vendas da Maçã é o iPhone e, depender de apenas um dispositivo em um mercado de tecnologia que conta com uma grande variedade de produtos voltados para entretenimento e trabalho pode se tornar um problema caso a empresa não mostre inventividades certeiras futuramente.
Fontes: Apple, Sky News, Sakshipost, StatCounter Global Stats e CNN Brasil
7/5/2023 - 4h21
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